quinta-feira, 7 de outubro de 2010

- Não tenha medo – disse. – Eu te protegerei.
- Não tenho medo. E não preciso de tua proteção.
- O que há em ti que não compreendo?
- O que há em mim que não compreendes é o mesmo que há em ti, e tampouco compreendes. Sorriu. Os dentes muito claros. Os olhos azuis. Punhalada de luz.
- Eles são capazes de tudo.
- Eu sei. Também sou capaz de tudo.
- Preciso descer. Não quero que morras.
- Também não quero que morras. Mas morreremos.